Itália inicia “análise aprofundada” dos riscos das criptomoedas, sinalizando um reforço da supervisão regulatória

A Itália lançou oficialmente uma “análise aprofundada” sobre a exposição dos investidores de retalho a criptoativos, marcando uma intensificação da atenção dos reguladores europeus aos riscos dos ativos digitais. A iniciativa, liderada pelo Ministério da Economia e Finanças italiano, visa avaliar os mecanismos de proteção dos investidores de retalho em investimentos diretos e indiretos em criptoativos, bem como colmatar potenciais lacunas de risco provocadas pela fragmentação regulatória global.

O Comité de Política Macropudencial de Itália (composto pelo banco central, reguladores de seguros e fundos de pensões e pelo ministério das finanças) alertou que, à medida que os criptoativos se tornam mais interligados com o sistema financeiro tradicional, e os padrões regulatórios internacionais se tornam cada vez mais divergentes, o risco sistémico pode aumentar. Estas preocupações são particularmente notórias agora que a capitalização de mercado dos ativos digitais ultrapassou os 3 biliões de dólares e a política dos EUA tem demonstrado uma clara viragem para uma abordagem “pró-cripto”.

Ruchir Gupta, cofundador da Gyld Finance, salientou que as diferenças regulamentares entre países podem levar atividades de alto risco para jurisdições com supervisão mais fraca, criando “verdadeiros pontos cegos financeiros”. Ele prevê que, à medida que o quadro regulatório dos EUA se torne mais claro, poderá haver uma “convergência substancial” a nível global até 2026, sendo que esta análise italiana reflete que os reguladores já não veem os criptoativos apenas como um risco marginal, mas sim como parte integrante do quadro de estabilidade financeira.

O banco central italiano já havia alertado anteriormente que a integração global dos mercados de criptoativos e a rápida valorização dos preços (especialmente após a vitória de Trump) podem agravar a vulnerabilidade do sistema financeiro tradicional, destacando ainda falhas de governação, conflitos de interesse e excessiva concentração no mercado norte-americano.

Nitesh Mishra, CTO da ChaiDEX, afirmou que a Europa está a entrar numa fase de regulação cripto mais rigorosa, com a implementação total do Regulamento dos Mercados de Criptoativos (MiCA) a reforçar ainda mais os requisitos de licenciamento, capital e combate ao branqueamento de capitais. Salientou que, embora uma regulação mais apertada aumente os custos de conformidade, as empresas beneficiarão de maior certeza regulatória, do passaporte europeu e de uma posição mais credível e competitiva nos mercados globais.

Os especialistas do setor concordam que uma fiscalização rigorosa e um quadro de conformidade unificado poderão atrair empresas mais sólidas a priorizar o mercado europeu, proporcionando ao mesmo tempo um ambiente de investimento mais seguro para os investidores de retalho. (Decrypt)

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