O dia 12 de dezembro pode tornar-se um marco na história dos pagamentos em cripto.

O gigante global dos pagamentos, Stripe, anunciou de forma repentina: abertura total do canal de pagamentos com stablecoins, permitindo que USDC seja liquidado diretamente nas redes Ethereum, Base e Polygon. O mais importante — todos os comerciantes integrados com a Stripe podem apoiar este sistema sem alterar uma única linha de código.

Lojas online da Shopify, alguns serviços da Amazon e até as subscrições pagas da OpenAI, em teoria, podem agora ser pagas com ativos on-chain. Isto não é uma demonstração técnica, é uma opção real e imediata disponível para milhões de comerciantes.

Para ser sincero, o impacto desta ação da Stripe está a ser subestimado.

É importante perceber que esta empresa está avaliada em quase 60 mil milhões de dólares e, no mundo Web2, desempenha um papel semelhante a uma combinação de "Visa + PayPal + rede de compensação bancária". Quando um player com este peso decide incorporar stablecoins no seu fluxo de negócio principal, o sinal que envia não é "estamos a experimentar", mas sim "os pagamentos tradicionais têm de dar lugar".

Internamente, já tinham percebido uma coisa: transferências internacionais são incrivelmente lentas, as taxas são dolorosamente altas e há tantos intermediários que chega a ser absurdo. E as stablecoins? Liquidação imediata, custos praticamente nulos e aceitação global.

Por isso, em vez de esperar que a regulação vá cedendo lentamente, preferem agir e redefinir os padrões de pagamento. Como disse anteriormente o responsável da Stripe: "A maioria das aplicações blockchain são necessidades artificiais, mas stablecoins e liquidação internacional são exceções." Agora, percebemos que estão realmente a apostar no futuro com esta lógica.

Um gigante do Web2 a apostar pessoalmente nos pagamentos on-chain — como se desenrolará o próximo capítulo deste roteiro? Vale a pena ficar atento.