Fonte: Coindoo
Título Original: Coreia Sinaliza Nova Era Rigorosa para Empresas de Criptomoedas: Compensação Obrigatória, Multas Maiores
Link Original: https://coindoo.com/korea-signals-strict-new-era-for-crypto-firms-mandatory-compensation-bigger-fines/
Os reguladores da Coreia do Sul estão a sinalizar uma mudança dramática na forma como as plataformas de ativos digitais serão tratadas pela lei.
Em vez de verem as bolsas de criptomoedas como empresas tecnológicas a operar numa zona cinzenta, os decisores políticos procuram agora classificá-las sob regras normalmente reservadas a bancos e grandes instituições de pagamento — e isso inclui responsabilidade total pelas perdas dos utilizadores, mesmo quando a plataforma não é culpada.
Principais Destaques
A Coreia do Sul está a preparar regras de responsabilidade bancária “sem culpa” para as bolsas de criptomoedas.
Um aumento de interrupções e incidentes de segurança levou os legisladores a reforçar a proteção dos consumidores.
As penalizações propostas podem atingir 3% da receita anual — muito superior às multas fixas atuais.
Uma lei separada sobre stablecoins enfrenta um prazo limite a 10 de dezembro, sob pressão política.
Falhas Recorrentes nas Bolsas Levam Reguladores a Repensar as Regras
O ponto de viragem não foi um incidente isolado, mas sim uma acumulação de falhas.
Segundo dados apresentados aos legisladores, as maiores bolsas da Coreia sofreram coletivamente 20 interrupções de serviço desde o ano passado. Mais de 900 utilizadores foram afetados e as perdas ultrapassaram os 5 mil milhões de won.
Para os reguladores, o padrão indica que a fragilidade do sistema, e não erros isolados, é o verdadeiro problema.
A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) e o Serviço de Supervisão Financeira (FSS) concluíram que as salvaguardas voluntárias já não são suficientes, e que as bolsas devem agora cumprir normas mais próximas das que regem o setor bancário.
Violação Recente Torna-se Catalisador — Mas Não Pela Razão Esperada
Embora uma violação no final de novembro numa grande bolsa tenha atraído grande atenção, as consequências deveram-se mais à resposta da bolsa do que ao próprio ataque.
Mais de 104 mil milhões de won em tokens saíram das carteiras da bolsa em menos de uma hora. A falha técnica foi grave — mas os legisladores focaram-se igualmente no atraso na comunicação.
Foram necessários quase seis horas até o incidente ser divulgado ao FSS, um atraso que gerou críticas políticas.
O episódio convenceu os legisladores de que as bolsas de criptomoedas devem ser sujeitas aos mesmos padrões de comunicação rápida e compensação ao consumidor que os bancos enfrentam.
Responsabilidade “Sem Culpa”: Bancos Já Vivem Com Ela — Criptomoedas Podem Ser as Próximas
Ao abrigo da Lei de Transações Financeiras Eletrónicas da Coreia, bancos e empresas de pagamento são obrigados a reembolsar os clientes por perdas causadas por falhas do sistema, mesmo quando não é possível provar má conduta interna.
Esta regra “sem culpa” garante que a proteção do consumidor tem prioridade, e as investigações ocorrem posteriormente.
Os reguladores estão agora a estudar se esta mesma regra deve aplicar-se às bolsas — o que significa que uma plataforma hackeada ou com mau funcionamento seria obrigada a reembolsar os clientes independentemente de se provar negligência.
Isto representaria o mandato de proteção ao consumidor mais agressivo alguma vez imposto ao setor cripto da Coreia.
Multas Mais Rigorosas, Normas Operacionais Mais Elevadas e Atualizações de Segurança Obrigatórias
Além da expansão da responsabilidade, os legisladores estão a considerar novas ferramentas de fiscalização.
Uma proposta autorizaria multas até 3% da receita anual por incidentes graves — igualando as penalizações já aplicadas aos bancos. Atualmente, mesmo falhas graves das bolsas de criptomoedas acarretam uma multa máxima de apenas cerca de 3,4 milhões de dólares, um valor que muitos legisladores consideram desatualizado e demasiado baixo para dissuadir comportamentos indevidos.
O pacote mais amplo deverá incluir requisitos de TI mais rigorosos, auditorias reforçadas e prazos de comunicação obrigatória medidos em minutos, e não em horas.
Regulamentação Expande-se Para Além dos Hacks — Stablecoins Agora Sob Pressão de Prazos
O impulso para a responsabilidade das bolsas coincide com uma crescente exigência política por uma lei abrangente sobre stablecoins.
O Parlamento deu aos reguladores até 10 de dezembro para apresentarem um projeto de lei.
Se não cumprirem o prazo, deputados seniores avisaram que avançarão com legislação sem a participação do governo durante a sessão extraordinária da Assembleia Nacional no início de 2026.
Isto sugere que a Coreia pretende modernizar o seu quadro regulatório cripto em várias frentes ao mesmo tempo: bolsas, pagamentos, stablecoins e controlos anti-branqueamento de capitais.
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FUDwatcher
· 12-07 21:50
A Coreia do Sul vai mesmo levar isto a sério, com indemnizações e multas em simultâneo; parece que é melhor ter cuidado com os rendimentos das transacções.
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MetaMaskVictim
· 12-07 21:50
Desta vez a Coreia do Sul vai mesmo levar isto a sério. Com a implementação do regime de indemnizações, as exchanges vão ter de tremer.
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DegenWhisperer
· 12-07 21:49
A Coreia do Sul está mesmo a querer arruinar as exchanges, compensação e multa ao mesmo tempo, dupla penalização. Aposto cinquenta cêntimos que o próximo colapso vai ser em Seul.
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OnchainArchaeologist
· 12-07 21:44
A Coreia do Sul voltou à carga, desta vez parece que é a sério, não? Indemnização + multa pesada, é claramente para servir de exemplo.
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EntryPositionAnalyst
· 12-07 21:39
A Coreia do Sul voltou a apertar o cerco, desta vez é mesmo para levar a sério.
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ProposalDetective
· 12-07 21:37
A Coreia do Sul está mesmo a levar isto a sério? Indemnizações + multas, dupla pressão, só quero saber se as pequenas corretoras conseguem aguentar...
Coreia assinala nova era rigorosa para empresas de cripto: compensação obrigatória, multas maiores
Fonte: Coindoo Título Original: Coreia Sinaliza Nova Era Rigorosa para Empresas de Criptomoedas: Compensação Obrigatória, Multas Maiores Link Original: https://coindoo.com/korea-signals-strict-new-era-for-crypto-firms-mandatory-compensation-bigger-fines/
Os reguladores da Coreia do Sul estão a sinalizar uma mudança dramática na forma como as plataformas de ativos digitais serão tratadas pela lei.
Em vez de verem as bolsas de criptomoedas como empresas tecnológicas a operar numa zona cinzenta, os decisores políticos procuram agora classificá-las sob regras normalmente reservadas a bancos e grandes instituições de pagamento — e isso inclui responsabilidade total pelas perdas dos utilizadores, mesmo quando a plataforma não é culpada.
Principais Destaques
Falhas Recorrentes nas Bolsas Levam Reguladores a Repensar as Regras
O ponto de viragem não foi um incidente isolado, mas sim uma acumulação de falhas.
Segundo dados apresentados aos legisladores, as maiores bolsas da Coreia sofreram coletivamente 20 interrupções de serviço desde o ano passado. Mais de 900 utilizadores foram afetados e as perdas ultrapassaram os 5 mil milhões de won.
Para os reguladores, o padrão indica que a fragilidade do sistema, e não erros isolados, é o verdadeiro problema.
A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) e o Serviço de Supervisão Financeira (FSS) concluíram que as salvaguardas voluntárias já não são suficientes, e que as bolsas devem agora cumprir normas mais próximas das que regem o setor bancário.
Violação Recente Torna-se Catalisador — Mas Não Pela Razão Esperada
Embora uma violação no final de novembro numa grande bolsa tenha atraído grande atenção, as consequências deveram-se mais à resposta da bolsa do que ao próprio ataque.
Mais de 104 mil milhões de won em tokens saíram das carteiras da bolsa em menos de uma hora. A falha técnica foi grave — mas os legisladores focaram-se igualmente no atraso na comunicação.
Foram necessários quase seis horas até o incidente ser divulgado ao FSS, um atraso que gerou críticas políticas.
O episódio convenceu os legisladores de que as bolsas de criptomoedas devem ser sujeitas aos mesmos padrões de comunicação rápida e compensação ao consumidor que os bancos enfrentam.
Responsabilidade “Sem Culpa”: Bancos Já Vivem Com Ela — Criptomoedas Podem Ser as Próximas
Ao abrigo da Lei de Transações Financeiras Eletrónicas da Coreia, bancos e empresas de pagamento são obrigados a reembolsar os clientes por perdas causadas por falhas do sistema, mesmo quando não é possível provar má conduta interna.
Esta regra “sem culpa” garante que a proteção do consumidor tem prioridade, e as investigações ocorrem posteriormente.
Os reguladores estão agora a estudar se esta mesma regra deve aplicar-se às bolsas — o que significa que uma plataforma hackeada ou com mau funcionamento seria obrigada a reembolsar os clientes independentemente de se provar negligência.
Isto representaria o mandato de proteção ao consumidor mais agressivo alguma vez imposto ao setor cripto da Coreia.
Multas Mais Rigorosas, Normas Operacionais Mais Elevadas e Atualizações de Segurança Obrigatórias
Além da expansão da responsabilidade, os legisladores estão a considerar novas ferramentas de fiscalização.
Uma proposta autorizaria multas até 3% da receita anual por incidentes graves — igualando as penalizações já aplicadas aos bancos. Atualmente, mesmo falhas graves das bolsas de criptomoedas acarretam uma multa máxima de apenas cerca de 3,4 milhões de dólares, um valor que muitos legisladores consideram desatualizado e demasiado baixo para dissuadir comportamentos indevidos.
O pacote mais amplo deverá incluir requisitos de TI mais rigorosos, auditorias reforçadas e prazos de comunicação obrigatória medidos em minutos, e não em horas.
Regulamentação Expande-se Para Além dos Hacks — Stablecoins Agora Sob Pressão de Prazos
O impulso para a responsabilidade das bolsas coincide com uma crescente exigência política por uma lei abrangente sobre stablecoins.
O Parlamento deu aos reguladores até 10 de dezembro para apresentarem um projeto de lei.
Se não cumprirem o prazo, deputados seniores avisaram que avançarão com legislação sem a participação do governo durante a sessão extraordinária da Assembleia Nacional no início de 2026.
Isto sugere que a Coreia pretende modernizar o seu quadro regulatório cripto em várias frentes ao mesmo tempo: bolsas, pagamentos, stablecoins e controlos anti-branqueamento de capitais.