Chegou o fim de semana, vamos fazer um balanço da evolução do ouro esta semana — para ser sincero, touros e ursos andaram a puxar para os seus lados na barreira dos 4200 durante toda a semana, sem que ninguém levasse vantagem. No curto prazo, não foi possível segurar os 4200, por isso existe uma boa probabilidade de vermos uma correção na abertura da próxima semana — convém ter este risco bem presente.

Olhando para cima, a zona dos 4200 aos 4250 é bastante delicada. Ainda está bem fresca na memória aquela subida rápida e queda no início de dezembro, o que mostra que há bastante pressão vendedora acima, e até já se vislumbra um possível duplo topo. Se não conseguir romper, é muito provável que faça um recuo para a zona dos 4150-4180 para procurar apoio. Por outro lado, tanto no gráfico mensal como semanal ainda há força de subida por esgotar, portanto esta luta ainda vai durar mais um pouco.

O destaque da próxima semana é a decisão da taxa de juro da Reserva Federal dos EUA, e convém estar atento à conferência do Powell. Há dois pontos-chave: primeiro, ver quantos votos contra haverá — já são 5 os membros que não estão convencidos com o afrouxamento, e o número de votos contra vai revelar o quão divididos estão internamente; depois, ouvir o que Powell vai dizer — será que este corte de juros é apenas para dar resposta imediata ou marca o início de um novo ciclo? Percebendo isto, já se pode ter uma ideia mais clara para onde vai o ouro a seguir.