
Um algoritmo criptográfico consiste em regras matemáticas que convertem informações em dados ilegíveis, garantindo que apenas quem possui a chave criptográfica correta consiga restaurar o conteúdo original. A chave criptográfica é o elemento central que controla tanto o processo de criptografia quanto de descriptografia.
Esses algoritmos são procedimentos matemáticos práticos, não conceitos teóricos. Imagine-os como um cofre e sua chave: os dados são embaralhados em uma sequência incompreensível, e apenas a chave certa pode destravar e recuperar o conteúdo. Cada cenário exige um tipo de algoritmo específico para equilibrar segurança e desempenho.
No Web3, carteiras, gestão de identidade, transações e comunicações dependem de algoritmos criptográficos para garantir operações seguras e confiáveis. Sem esses mecanismos, não seria possível gerar chaves privadas com segurança, validar assinaturas de transações ou proteger comunicações contra interceptações.
Na carteira Web3, a chave privada funciona como “chave mestra” dos seus ativos, de onde se derivam a chave pública e o endereço. Ao enviar uma transação, a chave privada cria uma assinatura digital; validadores da rede usam a chave pública correspondente para verificar a autenticidade, sem acessar sua chave privada. Para conexões com exchanges ou APIs, utiliza-se criptografia na camada de transporte (TLS) para proteger acessos e operações contra espionagem.
O funcionamento desses algoritmos depende do uso das chaves: insere-se um dado em texto claro, seleciona-se um algoritmo e uma chave, e obtém-se um dado cifrado. Para restaurar o conteúdo, o lado autorizado utiliza a mesma ou correspondente chave e algoritmo.
Há dois tipos principais conforme o uso das chaves: algoritmos simétricos e algoritmos assimétricos. Os simétricos usam a mesma chave para criptografar e descriptografar — ideais para grandes volumes de dados. Os assimétricos utilizam duas chaves diferentes (pública e privada), sendo indicados para verificação de identidade, troca de chaves e assinaturas digitais. Ambos serão detalhados a seguir.
O algoritmo simétrico utiliza a mesma chave para criptografia e descriptografia, como se fosse a mesma chave para trancar e destrancar uma porta. O padrão mais utilizado é o AES (Advanced Encryption Standard), principalmente na variante AES-256, que oferece 256 bits de robustez contra ataques de força bruta.
A criptografia simétrica é ideal para proteger grandes volumes de dados, como arquivos locais, registros de banco de dados ou dados de sessão em comunicações de rede. Em interações navegador-servidor, o TLS cria um canal seguro e, em seguida, aplica um algoritmo simétrico (como AES) para criptografar os dados, garantindo desempenho e segurança.
O algoritmo assimétrico utiliza um par de chaves: uma pública (public key) e uma privada (private key). Dados criptografados com uma só podem ser descriptografados pela outra. Sua chave pública funciona como um endereço de entrega público, enquanto a chave privada é o acesso exclusivo à sua “casa” — nunca deve ser compartilhada.
Os algoritmos assimétricos mais comuns são RSA e a criptografia de curva elíptica (ECC). Em carteiras Web3, prevalecem algoritmos de assinatura baseados em ECC, como ECDSA. Muitas blockchains usam a curva secp256k1 para gerar pares de chaves. Sua chave privada assina transações; a chave pública permite que terceiros verifiquem que a assinatura foi gerada pela sua chave privada, sem expor o segredo.
Algoritmos criptográficos são reversíveis: com a chave correta, é possível recuperar o texto original. Já os algoritmos de hash são irreversíveis; eles transformam qualquer entrada em uma “impressão digital” única, utilizada para checagem de integridade e resistência à adulteração.
No Bitcoin, o SHA-256 é amplamente empregado para hash de blocos e transações; o Ethereum utiliza o Keccak-256 para endereços e hashes de transações. Esses hashes não podem ser revertidos para revelar o dado original, mas permitem verificar se houve alteração. Hashing e criptografia geralmente atuam juntos: primeiro, protege-se a privacidade com criptografia; depois, assegura-se a integridade com hash.
Esses algoritmos são essenciais nos processos de geração de chaves, assinatura de transações e verificação de identidade em carteiras. Validadores de blockchain não precisam da sua chave privada; eles validam transações usando sua chave pública.
Em transações e comunicações via API, os algoritmos criptográficos protegem o canal de transmissão. Na Gate, por exemplo, durante login, envio de ordens ou saques, navegadores e servidores negociam conjuntos de segurança usando TLS. A criptografia simétrica (comum o AES-256) protege o fluxo de dados, evitando interceptação ou alteração de informações durante a transmissão.
O processo simplificado é:
A escolha do algoritmo depende de quatro fatores: finalidade, padrões, robustez e implementação.
Primeiro: defina o objetivo — proteger grandes volumes de dados (prefira AES simétrico) ou autenticação/assinatura/troca de chaves (prefira RSA ou ECC assimétricos)?
Segundo: siga padrões e práticas do setor. Dê preferência a algoritmos amplamente auditados e adotados, como AES-256, RSA-2048 ou superior, ECC secp256k1 ou outras curvas reconhecidas.
Terceiro: escolha o tamanho de chave adequado. Para simétricos, 256 bits é o padrão; para RSA, o recomendado é pelo menos 2048 bits; ECC oferece segurança equivalente a chaves RSA maiores, com melhor desempenho.
Quarto: utilize bibliotecas confiáveis. Sempre opte por bibliotecas maduras, com modos seguros e atualizações em dia — nunca implemente sua própria criptografia para evitar vulnerabilidades.
Em 2025, carteiras e blockchains continuam adotando ECDSA com secp256k1 para assinaturas; nas camadas de transporte, TLS com AES segue como padrão para criptografia de dados.
Os principais riscos vêm de falhas humanas e de implementação — não apenas do algoritmo em si. Implementação inadequada, má gestão de chaves ou aleatoriedade insuficiente podem comprometer qualquer algoritmo, por mais robusto que seja.
Ao proteger seus ativos, ative múltiplas camadas de segurança (como autenticação em duas etapas na Gate, listas de saque autorizadas e confirmações de retirada) e revise endereços e redes antes e depois de operações sensíveis.
Algoritmos criptográficos são regras matemáticas que protegem informações com chaves e só permitem acesso mediante autorização — são a base da segurança de carteiras Web3, assinaturas de transações e comunicações protegidas. A criptografia simétrica protege grandes volumes de dados com eficiência; a assimétrica utiliza chaves públicas/privadas para autenticação e autorização. Ambas geralmente atuam em conjunto com hashing para garantir confidencialidade e integridade. Priorize padrões abertos, implementações maduras, tamanhos de chave apropriados e gestão rigorosa de chaves ao escolher soluções. Um sistema seguro depende de algoritmos robustos, implementação confiável e práticas de uso criteriosas — todos são indispensáveis.
Base64 não é um algoritmo criptográfico, e sim um método de codificação. Ele converte dados em texto facilmente transmissível, que qualquer pessoa pode decodificar — não oferece proteção de segurança. Algoritmos criptográficos autênticos utilizam chaves para proteger dados; sem a chave, o conteúdo permanece inacessível.
Algoritmos criptográficos irreversíveis não permitem recuperar o conteúdo original — são funções unidirecionais. O exemplo mais comum são os algoritmos de hash (como SHA-256), que criam impressões digitais para verificação de integridade. São especialmente indicados para armazenamento de senhas e validação de transações.
Não é necessário conhecer toda a matemática, mas é essencial entender o básico: criptografia simétrica usa uma chave para criptografar e descriptografar (é rápida, mas requer troca segura da chave); a assimétrica utiliza uma chave pública para criptografar e uma privada para descriptografar (mais segura, porém mais lenta). Em carteiras Web3, a criptografia assimétrica protege suas chaves privadas, enquanto a simétrica protege a transmissão dos dados.
Se você perder sua chave, os dados criptografados se tornam inacessíveis. Se for comprometida, todas as informações protegidas ficam vulneráveis. Por isso, proteger suas chaves privadas é fundamental no Web3 — nunca compartilhe, faça backups regulares em locais seguros e considere usar hardware wallets para proteção adicional.
A Gate emprega algoritmos criptográficos em três etapas essenciais: conexões API usam criptografia assimétrica para autenticação (evitando falsificação); dados de transações são transmitidos por criptografia simétrica (evitando espionagem); chaves privadas armazenadas localmente são protegidas por criptografia — os servidores da Gate nunca têm acesso a elas. Essas medidas, em conjunto, protegem seus ativos e sua privacidade.


