Quais os principais riscos regulatórios que a Pi Network pode enfrentar em 2025?

12/4/2025, 11:27:29 AM
Confira os principais riscos regulatórios que a Pi Network deve enfrentar em 2025, como as investigações do SEC sobre KYC, questões de privacidade envolvendo a coleta de dados dos usuários, os alertas da China quanto à captação de recursos e o white paper MiCA, voltado à transparência no mercado da União Europeia. Trata-se de informações indispensáveis para profissionais financeiros, gestores de risco e executivos que buscam navegar o cenário de compliance e regulação no universo cripto.

SEC investiga o processo de KYC da Pi Network para atender exigências regulatórias

A análise conduzida pela Securities and Exchange Commission sobre o processo Know Your Customer (KYC) da Pi Network representa um avanço regulatório relevante para a plataforma. A Pi Network protocolou o Form D junto à SEC, comunicando formalmente ofertas de valores mobiliários e evidenciando o compromisso com normas regulatórias. Posteriormente, a SEC encerrou o processo contra a Pi Network, indicando uma mudança significativa na situação jurídica do projeto.

A adoção do KYC pela Pi Network desempenha funções essenciais no contexto regulatório. A plataforma aplica uma política de uma conta por pessoa, combatendo fraudes e roubo de identidade, além de garantir conformidade com as normas financeiras globais. Dados recentes apontam que a Pi Network tinha até 31 de janeiro de 2025 para concluir o KYC, com milhões de usuários precisando de verificação total antes da migração para o mainnet.

A investigação reforçou o foco da plataforma em seguir exigências regulatórias, especialmente em relação aos critérios de listagem da Coinbase, que exigem padrões rigorosos de verificação de identidade. A equipe de desenvolvimento priorizou a autenticação dos usuários para evitar práticas ilícitas e cumprir padrões internacionais. A resposta da plataforma ao escrutínio regulatório evidencia seu posicionamento nos mercados legítimos de criptoativos, onde transparência e autenticação de usuários são fundamentais para adoção institucional e integração ao mercado tradicional.

Autoridades chinesas alertam para riscos de captação ilegal de recursos

Órgãos reguladores chineses intensificaram os alertas sobre riscos de captação ilegal de recursos ligados a moedas virtuais, com foco em projetos como Pi Network. O Banco Popular da China (PBOC) e entidades reguladoras afirmaram que atividades comerciais com moedas virtuais configuram atos financeiros ilegais sob a legislação chinesa.

Conforme comunicados oficiais, participantes desses esquemas estão sujeitos a sanções jurídicas severas. Usuários chineses que operam com Pi Network podem sofrer multas expressivas ou processos criminais relacionados à captação ilegal. O sistema regulatório não concede proteção legal aos investidores envolvidos nessas ações.

A equipe gestora da Pi Network, sediada nos Estados Unidos, já excluiu usuários das regiões dos EUA e União Europeia por pressão regulatória crescente. Contudo, participantes chineses seguem expostos a medidas judiciais. Os riscos aumentam quando investidores compram Pi por canais não regulados, como operações informais de balcão ou acordos de IOU, o que pode causar desvalorização dos ativos e disputas judiciais onerosas.

Autoridades ressaltam que moedas virtuais não cumprem requisitos de identificação de cliente e normas contra lavagem de dinheiro, sendo utilizadas para lavagem, fraudes de captação e transferências ilegais de recursos internacionais. Essa abordagem rigorosa evidencia o esforço da China para eliminar práticas especulativas com criptomoedas e proteger a estabilidade do sistema financeiro.

Pi Network coleta grandes volumes de dados pessoais de mais de 60 milhões de usuários, ampliando preocupações sobre privacidade

As práticas de coleta de dados da Pi Network geram preocupações relevantes de privacidade e exigem análise criteriosa. A plataforma exige verificação KYC obrigatória para liberar tokens minerados, demandando envio de vídeos de selfie e documentos oficiais de identificação — um nível sem precedentes de coleta de dados pessoais no segmento cripto.

A diferença entre números anunciados e contas realmente verificadas revela inconsistências graves. Embora a Pi Network afirme ter mais de 60 milhões de usuários, apenas 18 milhões completaram o KYC até dezembro de 2024, correspondendo a 30% do total divulgado. O número de wallets ativas e de migrados para mainnet também está bem abaixo dos dados promocionais.

Métrica Número Declarado Status Verificado
Total de Usuários Mais de 60 milhões Não verificado
Usuários KYC Verificados 18 milhões Atualização Oficial
Wallets Ativas Bastante inferior Dados de blockchain
Migrações Mainnet Abaixo da meta de 10 milhões Inferior ao objetivo

Especialistas em segurança identificaram a coleta sistemática de dados pessoais inéditos dos usuários da rede. O armazenamento centralizado de informações sensíveis, associado à verificação obrigatória, eleva o risco de exposição. Essas práticas contradizem os princípios de descentralização dos projetos blockchain legítimos, levantando dúvidas sérias sobre proteção ao usuário e soberania de dados no ecossistema Pi Network.

White paper MiCA publicado em outubro de 2025 garante transparência para acesso ao mercado europeu

Em outubro de 2025, a Pi Network atingiu um marco regulatório ao divulgar seu white paper compatível com MiCA, documento detalhado para garantir entrada no mercado europeu e demonstrar transparência total. O registro, elaborado pela PiBit Ltd e protocolado conforme o Regulamento da UE 2023/1114, formaliza o compromisso da Pi Network com o Markets in Crypto-Assets Regulation.

O white paper aborda elementos regulatórios essenciais, incluindo avaliações de risco sobre oferta, emissor, criptoativos, execução do projeto e tecnologia. O documento detalha a arquitetura blockchain de baixo consumo, oferta limitada a 100 bilhões de tokens e infraestrutura de wallet não custodial que garante total controle das chaves privadas pelo usuário.

Essa transparência regulatória permitiu ampliar o acesso ao mercado. Após a publicação do white paper, o Pi Coin teve alta de 10% no preço, refletindo maior confiança do mercado em sua posição regulatória. O documento especifica prazos para início de negociações, protocolos de autocustódia e planos de listagem em exchanges pan-europeias licenciadas.

O reconhecimento da conformidade MiCA representa um divisor de águas para a legitimidade institucional da Pi Network. Ao alinhar-se às normas europeias, o projeto se posiciona para ser listado em exchanges reguladas, superando o bloqueio que antes impedia a negociação dos tokens PI na maioria dos países europeus devido à insegurança regulatória.

FAQ

O Pi Coin já tem valor?

Em 2025, o Pi Coin alcançou valor de mercado. É negociado em várias exchanges, com market cap de milhões, demonstrando potencial de valorização.

Quantos Pi correspondem a US$100?

De acordo com os preços atuais, US$100 equivalem a aproximadamente 2.018,89 Pi Coins.

Qual o valor atual de 1 Pi Coin?

Em dezembro de 2025, 1 Pi Coin vale US$0,231298. O preço caiu 1,74% nas últimas 24 horas.

Qual é a perspectiva para o Pi Coin?

O futuro do PI Coin é promissor, embora incerto. Em 2025, pode ser negociado em torno de US$0,20, com potencial de valorização. Seu desempenho dependerá da adoção no mercado e do avanço tecnológico no universo Web3.

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