Nunca pensei que até fazer uma ponte cross-chain pudesse envolver questões de relações pessoais e etiqueta. O Jesse lançou recentemente uma ponte a ligar a Base e a Solana, e isto causou um grande rebuliço.

O Vibhu, da Fundação Solana, não ficou nada satisfeito — segundo ele, uma coisa destas devia ser comunicada com antecedência, não? Esta abordagem parece, à superfície, promover a “interoperabilidade”, mas na prática está é a desviar liquidez da Solana para fora, de fininho. Nas palavras dele, isto não é cooperação nenhuma, é concorrência disfarçada de colaboração.

Do lado do Jesse, ele mantém-se tranquilo, com aquela postura típica de veterano do Ethereum: o mundo cripto não é sobre permissão? Se quero fazer uma ponte, faço — porque é que haveria de pedir autorização primeiro? Isto é que é o verdadeiro espírito da descentralização.

Cada um defende o seu ponto de vista: de um lado, há quem queira que o ecossistema siga regras e coopere; do outro, quem acredita que a tecnologia deve crescer livremente. No fundo, isto é um choque entre duas formas totalmente diferentes de jogar — afinal, deve ser “primeiro comunicar, depois agir”, ou “o código é lei, cada um faz o que quer”?