Uma plataforma de previsões teve recentemente um caso estranho — numa aposta sobre as pessoas mais pesquisadas do ano no Google, houve uma conta cuja trajetória de operações parecia tudo menos normal.

Primeiro, apostou num resultado obscuro ao extremo: “d4vd vai entrar na lista”(, numa altura em que as odds estavam baixíssimas). Logo de seguida, apostou forte contra alguns dos favoritos. E o resultado? Ganhou em várias frentes e encheu os bolsos. Uma sorte tão grande que fez muita gente pensar — será que foi apenas um golpe de sorte, ou já sabia a resposta de antemão?

Agora, começaram a chover teorias na internet: há quem tenha descoberto que esta conta tem ativos on-chain assustadoramente elevados, suspeitando que haja alguém da Google por trás; outros acham que pode ter manipulado o algoritmo das tendências de pesquisa. Mas, na verdade, tudo isto não passa de especulação, sem qualquer prova concreta.

O problema é que isto expõe uma fraqueza dos mercados de previsão. A ideia é as pessoas apostarem dinheiro real para prever o futuro, mas se alguém tem acesso antecipado às respostas ou consegue manipular o jogo, que piada tem? Se isto continuar, quem vai querer participar?

A situação é delicada: não se pode acusar alguém só por coincidências, mas também não se deve fingir que nada aconteceu. Talvez, à medida que analistas de dados on-chain e a própria plataforma investiguem mais a fundo, a verdade comece a vir ao de cima. Até lá, o melhor é ter calma — não vale a pena ficar com inveja dos lucros alheios e apostar tudo de cabeça quente.