No início de dezembro, o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, quebrou subitamente a tradição ao revelar antecipadamente que a reunião de 18-19 de dezembro iria discutir uma possível subida das taxas de juro. Assim que esta notícia saiu, as expectativas do mercado dispararam — a probabilidade de subida das taxas saltou de 50% para mais de 85%. Porque está o Banco do Japão com tanta pressa? A lógica por trás disto é, na verdade, bastante complexa.
Comecemos pela pressão mais direta: a inflação. A taxa de inflação no Japão já ultrapassa a meta dos 2% há mais de três anos consecutivos, e a forte desvalorização do iene está a agravar cada vez mais a pressão inflacionista importada. As carteiras dos cidadãos já não aguentam, e o aumento dos preços tornou-se um problema social.
No entanto, o mais crucial é a questão do timing. Atualmente, a incerteza sobre a economia dos EUA está a diminuir e a Reserva Federal começou a baixar as taxas de juro. Alguns analistas consideram que o Banco do Japão está a tentar subir as taxas agora, antes de a Fed mudar completamente de rumo, para recuperar a sua credibilidade política. Simplificando, esta é a última janela de oportunidade — se a perderem, pode não haver mais hipóteses de sair da política ultra-expansionista.
Há ainda outro fator a não negligenciar: a pressão política. Em outubro, o Banco do Japão não subiu as taxas, em parte devido a um conflito com a política fiscal expansionista da nova primeira-ministra Sanae Takaichi. Como resultado, a forte intervenção do governo baralhou completamente o mercado, levando a quedas acentuadas na bolsa, no mercado de obrigações e no mercado cambial. Desta vez, o banco central antecipou-se, numa tentativa de recuperar o controlo da política monetária e estabilizar a confiança do mercado.
Além disso, o aumento dos salários também dá algum suporte à subida das taxas. Embora o texto original tenha sido interrompido aqui, este é de facto um dos indicadores importantes que o Banco do Japão tem em consideração. Em resumo, por detrás desta expectativa de subida das taxas está uma decisão difícil do Banco do Japão sob múltiplas pressões.
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No início de dezembro, o governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, quebrou subitamente a tradição ao revelar antecipadamente que a reunião de 18-19 de dezembro iria discutir uma possível subida das taxas de juro. Assim que esta notícia saiu, as expectativas do mercado dispararam — a probabilidade de subida das taxas saltou de 50% para mais de 85%. Porque está o Banco do Japão com tanta pressa? A lógica por trás disto é, na verdade, bastante complexa.
Comecemos pela pressão mais direta: a inflação. A taxa de inflação no Japão já ultrapassa a meta dos 2% há mais de três anos consecutivos, e a forte desvalorização do iene está a agravar cada vez mais a pressão inflacionista importada. As carteiras dos cidadãos já não aguentam, e o aumento dos preços tornou-se um problema social.
No entanto, o mais crucial é a questão do timing. Atualmente, a incerteza sobre a economia dos EUA está a diminuir e a Reserva Federal começou a baixar as taxas de juro. Alguns analistas consideram que o Banco do Japão está a tentar subir as taxas agora, antes de a Fed mudar completamente de rumo, para recuperar a sua credibilidade política. Simplificando, esta é a última janela de oportunidade — se a perderem, pode não haver mais hipóteses de sair da política ultra-expansionista.
Há ainda outro fator a não negligenciar: a pressão política. Em outubro, o Banco do Japão não subiu as taxas, em parte devido a um conflito com a política fiscal expansionista da nova primeira-ministra Sanae Takaichi. Como resultado, a forte intervenção do governo baralhou completamente o mercado, levando a quedas acentuadas na bolsa, no mercado de obrigações e no mercado cambial. Desta vez, o banco central antecipou-se, numa tentativa de recuperar o controlo da política monetária e estabilizar a confiança do mercado.
Além disso, o aumento dos salários também dá algum suporte à subida das taxas. Embora o texto original tenha sido interrompido aqui, este é de facto um dos indicadores importantes que o Banco do Japão tem em consideração. Em resumo, por detrás desta expectativa de subida das taxas está uma decisão difícil do Banco do Japão sob múltiplas pressões.