A polícia do condado de Jiayu apreendeu 1,9 milhões de USDT e agora publicou um anúncio a pedir aos proprietários para os reclamarem, dando um prazo de seis meses. É preciso apresentar documentos para os levantar e, se o prazo expirar, serão confiscados.

Isto soa bastante surreal.

Pensa bem, toda a gente sabe qual é a posição da China em relação às criptomoedas. Ir reclamar agora? É preciso ter muita coragem. E se te fizerem um interrogatório completo, perguntar pela origem, finalidade, registos de transações... Quem aguenta passar por esse processo todo?

A história é a seguinte: a polícia do condado de Jiayu, na cidade de Xianning, publicou um anúncio a 3 de dezembro, a dizer que estavam a investigar um caso de extorsão e violação de dados pessoais. Na casa do suspeito, de apelido Zeng, e na casa alugada por ele, encontraram um monte de coisas, incluindo uma carteira de criptomoedas com cerca de 1,9 milhões de USDT.

O problema é que, neste momento, não conseguem identificar claramente o proprietário desses ativos. Segundo as regras, têm de publicar um anúncio; o proprietário pode reclamar os ativos apresentando documentos válidos no prazo de seis meses. Se ninguém aparecer, o dinheiro será entregue ao Estado, conforme a lei.

Por outro lado, aposto que o verdadeiro proprietário também deve estar bastante indeciso agora.